segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Isto é Brasiuuuuu...

Eram 10 horas da matina, da última 5ª feira, quando eu e o jony (contacteante no grupo Pestana em SP) nos encontrámos na Avenida Paulista para ir à Polícia Federal para resolver uma situação relacionada com o nosso visto, e que tinhamos que realizar até 30 dias da nossa entrada em terreno Brasileiro (eu nem sabia que este procedimento era necessário... se o jony não me dizia punham-me fora daqui).
A primeira coisa que perguntamos um ao outro foi: "Sabes como se vai para lá?". Como tinha dito, em São Paulo tudo é longe, 5 kms podem demorar horas e a Polícia Federal ficava a uns 13 kms do sitio onde estavamos. Lá nos fizemos ao caminho, 1ª paragem de omnibus lá foi o Jony "moço este omnibus vai para a Polícia Federal?", pergunta após pergunta lá apareceu um "Venha neste e depois apanha outro mais à frente", andamos tanto que pensamos que o cobrador que nos tinha dito que nos avisava tinha-se esquecido de nós... mas lá pensámos "aqui tudo é longe, vamos ver onde nos leva". Lá trocamos e depois de 1 hora chegamos à polícia federal onde constatámos que faltavam muitos documentos para podermos resolver o problema burocrático... Mais uma viagem de autocarro onde arranjamos uma senhora que nos serviu de guia para o cartório e onde andamos por ruas com feiras bastante sinistras... Lá conseguimos resolver a situação partimos para o banco e posteriormente para um centro de cópias... enfim tinhamos tudo que era necessário eram já 14h00. A Polícia federal fecha às 16 horas, mais uma corrida e às 14h30 estávamos a entregar a documentação e mandaram-nos esperar porque tinhamos que levar um comprovativo da nossa situação, disseram-nos que ainda demorava 1h30 a 2h, pensamos então vamos mas é ao tacho que a barriga não aguenta só com a "cochinha de frango" que tinhamos comido junto ao cartório numa lanchonete...
Junto à polícia tinhamos o "Bovinu's", um famoso restaurante de rodízio de carnes... respondi afirmativamente à proposta do jony, carne e mais carne, muita cerveja e caipirinha, olhamos para os lados e já estavamos sós no restaurante quando a luz foi abaixo devido ao mau tempo que aparecia fora do restaurante (com direito a chuvas fortes e muita trovoada)... olhamos para o relógio, a caipirinha estava a bater... "uiii está na hora são quase 16 horas", corremos para a policia federal onde nos disseram que já tinham chamado o meu nome e que agora não podiam resolver o meu caso "Só Amanhã", diziam eles... Pensei "Vou ter que voltar a viver esta aventura toda sozinha outra vez" já que o processo do Jony estava OK...
No fim perguntei a razão porque não tinham tratado do meu processo, responderam-me "não percebemos sua letra"...
Não queria acreditar que tinha de voltar a fazer tudo de novo por causa da minha maravilhosa letra... no caminho de regresso mais 2 autocarros repletos que não andavamo nem para a frente nem para trás... decidimos apanhar o metro... cheguei a casa completamente encharcado e às 19 horas... que dia!!!

A decisão





Foi-me colocada à minha consideração a possibilidade de trabalhar em São Paulo (The big city) ou São José dos Campos (A cidade da tecnologia aeronáutica)... e agora o que escolher?



Em São Paulo conhecia pouco mais do que as ruas próximas do meu alojamento, mas tinha consciência de que para chegar a algum lado demoraria horas. A SJC, fiz uma visita, fiquei com a impressão de ser uma cidade mais tranquila e segura. As suas dimensões fazem-me lembrar Aveiro ou Braga em Portugal...



De um lado tinha uma cidade que nunca pára, com inúmeras ocupações mas com um grave problema trânsito (SP)! Do outro uma cidade de trabalho, no interior de SP, com pouco para se fazer para além dos nossos deveres para com a empresa, mas era aqui que se encontravam todos os possíveis grandes clientes e parceiros da Critical (com claro interesse em aqui se instalar). Estes factores adicionados ao facto de o custo de vida ser inferior nesta cidade levaram-me a optar por SJC...



Espero ter decidido bem...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A chegada a São Paulo




Depois de uma viagem de quase 24 horas, desde o Porto passando por Frankfurt até chegar a São Paulo onde cheguei perto das 6 horas da manhã locais.


Depois de sair do aeroporto o próximo passo era encontrar um táxi aparentemente seguro para nos levar até ao centro de São Paulo, onde uma amiga brasileira nos arranjou um flat. Durante a viagem fiquei chocado com o parque automóvel miserável que encontrava à minha frente, com o intenso trânsito e com os milagres que aquelas pessoas faziam para chegar ao trabalho atempadamente. Chegando ao centro de São Paulo, o cenário era mais agradável mas a confusão imensa...


Como ainda não está resolvida a situação dos escritórios tenho aproveitado para conhecer mais da cidade que nunca dorme...

A partida

Chegára a altura mais difícil... despedirmo-nos de todos aqueles que acompanharam todas as outras nossas aventuras! Esta seria mesmo uma aventura a "solo", por isso, o maior desafio de todos.
Entre as inúmeras despedidas, visitas, jantares e festas, a poucos dias da partida foi-me comunicado pela empresa que as coisas estavam difíceis para nos instalarmos em São José dos Campos, e que me deveria deslocar para São Paulo onde provisoriamente ficaria instalado no AICEP até a Critical encontrar as instalações ideais.
Estupefacto fiquei quando sou informado no dia antes de partir que afinal o AICEP não tinha as condições ideais para me acolher. Pensei, que vou então fazer amanhã para o Brasil?
Valia-me então a companhia do meu pai que decidiu tirar umas merecidas férias por esta altura para conhecer o Brasil...